sexta-feira, 10 de abril de 2009

Crer na vida...

Creio na força que vejo e que chamo de Natureza,
Creio Naquilo que não vejo e que me sustenta,
Na chama que em tudo ocultamente arde,
Revirando e extraindo o sumo das possibilidades,
Mais sublimes e inesperadas.
Não ouso nomeá-lo, dar-lhe formato,
Compreender ou buscar controlar.
Me faço apenas observadora e tecelã dos fragmentos,
das repetitivas coincidências que antes ousava chamar de destino.
Recolho retalhos de escolhas,
Observo ciclos, intenções e espelhos em minha alma.
Encaixo e desencaixo posicionamentos,
Me desfaço das velhas máscaras protetoras,
Reinvento opiniões e pensamentos,
Me recolho e reviro meus armários,
Jogo fora mais um pouco do peso passado,
Esvazio a bagagem deixando para trás os moldes,
Observo o fluir da vida e me encaixo nele,
Aprendi a não nadar contra a correnteza!
Fluindo, numa hora qualquer,
Encontro uma margem segura para recomeçar.
Creio na vida, em suas marés e em sua força,
Nos potenciais humanos e no inesperado,
No mistério e nas noites que sempre passam,
Nos dias e nas tempestades que sempre terminam,
E, sobretudo, nas voltas que a vida dá.
Nada permanece imóvel ou segue do mesmo jeito
É no cenário constante de vida-morte-vida,
Que tudo acontece, morre e torna a viver.

Apesar de ser mais fácil crer que tudo tende a dar errado ou a não ter saída, a Vida é constantemente repleta de novas possibilidades.
Sempre há um novo ponto de vista à ser descoberto, uma alternativa a ser tomada, algo a ser transformado ou reformado.
Mudanças externas, implicam em mudanças internas. Não dá para mudar algo, mantendo-se com os mesmos pensamentos, atitudes e pontos de vista.
Não importa em que ponto do caminho você esteja, ou qual situação esteja enfrentando, talvez seja esse o seu ponto de partida para uma vida diferente, ou melhor, para uma nova maneira de lidar consigo e com a sua vida.
O que chamamos de destino é o resultado das nossas escolhas, na maior parte das vezes, inconscientes.
O que chamamos de “karma” é o resultado da repetição de um padrão de comportamento. Não adianta simplesmente “arrastar a cruz”, é preciso compreender o que o leva a querer arrastá-la. Aí está o aprendizado!
Dê-se sempre uma chance de mudar e recomeçar, mas faça isso já, um passo de cada vez. É simples assim, apesar de parecer complexo.
Se parecer difícil demais e surgir o “eu não consigo”, experimente substituí-lo pelo “eu não quero”. É mais digno de um ser tão poderoso quanto o humano.

Desde que o ano do Sol começou, 21 de Março, sinto um fluxo de “fazer mais e falar menos”. Muita gente nova chegando, um pessoal bem “solar”, com vontade de crescer e de brilhar; o tempo curtíssimo, a energia solar é ágil, exige que a gente se adapte, por isso tenho escrito muito pouco, simplesmente seguindo o fluxo da vida.

Um abraço fraternal,
Adely

Um comentário:

Fernanda Cintra disse...

Quanto ao ano do sol..
Somo obrigados a agir, por mais que as vezes a gente queira ficar do mesmo jeito não é possível.
Somos obrigados a pular do penhasco e aprender a voar.
somos obrigados a agir...
Adorei a poesia e o texto.
Beijos no coração