quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Quando nada mais restar...


...ainda resta você!

Sou uma daquelas almas que ao traçar seu plano de viagem para esse planeta de dualidades e aprendizado, optou por cumprir um “ caminho de borboleta”: “nascer” ovo, virar uma rastejante lagarta, endurecer até fazer um casulo e assim ganhar asas. Olha só quantos processos de morte e renascimento há nesse caminho. É tão interessante também quantas pessoas – borboletas há ao meu redor! “Semelhante atraindo semelhante” é uma lei universal bastante poderosa.

Nesse vai-e-vem de mortes e renascimentos a vida acaba nos ensinando:

*que tudo é transitório, que nada nem ninguém é absolutamente “meu”,
*que nenhuma “verdade” é absolutamente verdade até que surja uma próxima “verdade”,
*que temos sempre muito que aprender sobre amor e generosidade e que pouco sabemos sobre o real significado dessas palavras.
* que a próxima etapa e o próximo passo estão sempre prontos à nossa espera por mais assustador que o novo pareça.
* que quando nada mais restar ainda resta você mesmo.

Todas as pessoas, borboletas ou não, de vez em quando “trocam de pele”, são impulsionados pela vida a sair da zona de conforto e alcançar territórios desconhecidos. Temos tanto medo do novo e do desconhecido porque confiamos muito pouco em nós mesmos, ou seja, na Força que nos mantêm vivos, seguros e em equilíbrio. A cada dia somos sobreviventes de todas as probabilidades de ameaças que poderiam nos tirar de cena numa fração de segundos. Todos sabemos quão tênue é o limiar entre a vida e a morte. Todos sabemos que não temos nenhum controle sobre isso. E ainda assim temos estado seguros e amparados por essa Força que nos deseja aqui. Pertencemos ( ego) à essa Força e mais cedo ou mais tarde aprendemos que precisamos fluir com Ela e através dela.

Seja lá qual for a dificuldade ou o desconforto que esteja enfrentando nesse momento, confie que essa Força em você que mantêm seu corpo em perfeito funcionamento tem condições de solucionar até mesmo aquilo que parece insolúvel. É preciso deixá-La atuar e para isso é preciso confiar, pedir e aguardar num estado de prontidão.
Quando falo em confiar não significa apenas ter fé, aquela fé mental, aquele discurso que a gente repete para si mesmo. É preciso desenvolver, praticar e invocar aquela Fé que vem do coração, que é silenciosa e que por isso afasta as ilusões que geram a dúvida, a incerteza, o medo, a angústia, o desânimo e a aflição. Esses sentimentos são sinais de que a Fé não chegou ao coração.
Não estou dizendo que é fácil acessar esse tipo de sensação chamada fé que é um misto de amor, plenitude, confiança e segurança. É preciso treiná-la, praticá-la, pedir ao Eu Superior em meditação que a traga e acalmar a criança interior com muito amor e auto-aceitação para que o medo desapareça. A Fé só é possível quando aceitamos o que é, quando cremos verdadeiramente na possibilidade de uma solução e quando o medo desaparece. Porque o medo nos mostra a ausência do amor. E o amor começa em si mesmo, não depende de algo ou de alguém para existir. O amor inicia-se na auto-aceitação e termina no julgamento ou na neurótica perfeição idealizada.
Se você puder amar e aceitar tudo o que é, você poderá mudar qualquer coisa e nada lhe parecerá assustador como antes, simplesmente porque será capaz de crer que aconteça o que acontecer: QUANDO NADA MAIS RESTAR AINDA RESTARÁ VOCÊ MESMO.

Além da fé é preciso saber pedir. Repetimos incansavelmente o que não queremos, porém, a mudança ocorre com o foco da atenção naquilo que se deseja atrair e no alinhamento dos pensamentos e sentimentos com as vibrações correspondentes ao que desejamos experimentar.
Aguardar em estado de prontidão significa permanecer na confiança e agir sempre que surgir um forte impulso positivo.

E enquanto treina tudo isso, seja maravilhoso para si mesmo, não se deixe assustar por qualquer ventania ( elas passam e fazem parte dos ciclos da natureza), trate com respeito seus sentimentos, dê a si mesmo aquilo que espera dos outros, enxergue em si mesmo aquilo que detesta no outro e trabalhe para superar, ninguém faz mal a si mesmo sem machucar também os outros. Tenho certeza de que estamos aqui para experimentar a PLENITUDE.

Bons ventos!!!

Um abraço apertado em minhas queridas borboletas,

Adely Branco

2 comentários:

Laine disse...

Lindo texto, como sempre!
Gosto demais do seu 'estilo' e ainda mais do conteúdo.
Só fiquei pensando que outros caminhos há além do da Borboleta - já estão "classificados"??
Um bjo.

Fernanda Cintra disse...

Bruxaaa

Emocionante!!!
To com os olhos cheios de lagrimas...
Era tudo que eu precisava ler...
Hoje quando acordei pensei...
O MUNDO INTEIRO PODE ESTAR CONTRA MIM....MAS EU VOU ESTAR SEMPRE DO MEU LADO....E QUANDO NAO TIVER MAIS NINGUEM DO MEU LADO EU AINDA ESTAREI COMIGO!!!
Ai entro aqui e Leio...quando nada mais restar ainda restarei eu!!!
Obrigada por estas palavras...e pela sua infinita sabedoria...
Somos Borboletas, e foi esta forma que escolhemos para aprender.Eu ainda nao sei fazer diferente...mas sei que a Borboleta nunca desiste de si mesma.
Um forte abraço com amor.